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Mudança para a Copa de 2014

Mudança para a Copa de 2014

Obra do Maracanã é "aula de engenharia", diz presidente da Emop

Ícaro Moreno debateu prazos e métodos da reforma do estádio em evento do Portal 2014

 
 
Para Ícaro Moreno, obra do Maracanã está sendo feita em prazo menor (crédito: Alessandro Mendes)
 
 

Palco das finais da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014, o Maracanã tem 30 meses para ser reformado, quando uma obra deste porte precisaria de 40 meses para ser entregue. Por isso, a obra pode ser considerada uma "aula de engenharia".

A definição é do presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), Ícaro Moreno, que participou de evento realizado pelo Portal 2014 e pelo Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco) na capital fluminense na última semana.

“É uma aula constante de construção civil. Conseguir fazer esse projeto num tempo curto foi o nosso primeiro desafio. Fomos contratados para fazer em 30 meses uma obra que precisaria de 40 meses. Desses, 10 meses foram usados somente para a discussão da destruição ou não das marquises históricas", afirmou Ícaro Moreno.

Para ele, a reutilização da água da chuva e o reaproveitamento da estrutura antiga são outros trunfos da obra.

"Dentre as novidades, o estádio terá captação de energia solar e aproveitamento da água da chuva, que será utilizada para algumas necessidades nos banheiros, por exemplo. Deve-se valorizar também o fato de termos aproveitado muito da estrutura do próprio Maracanã na obra”, lembrou.

Ícaro garantiu também que o estádio não mais terá pontos cegos de visão e que a evacuação do público ao final dos jogos, que poderá chegar a quase 80 mil presentes, não passará de oito minutos.

Parque Olímpico Além de abordar as obras da Copa, o evento realizado no Hotel Caesar Park, em Ipanema, também discutiu os preparativos para os Jogos Olímpicos Rio 2016 e chamou atenção para a questão do legado.

Para Adriana Figueiredo, coordenadora de arquitetura da Aecom, empresa responsável Plano Geral Urbanístico do Parque Olímpico, as obras para 2016 devem ter utilidade após o evento. E o projeto já prevê isto.

“Queremos que o Parque Olímpico seja utilizado pela população já a partir de 2017, promovendo uma integração do local com a cidade. O projeto prevê a limpeza de manguezais, além da limpeza das lagoas da Barra da Tijuca. Barcelona, Sydney e Londres, tiveram áreas recuperadas, antes abandonadas, que se mantém consolidadas até hoje. Essa é a nossa ideia para o Rio de Janeiro”, disse.

A arquiteta ainda citou bons exemplos, como nos Jogos de Barcelona (1992), Sydney (2000) e Londres (2012), nos quais o legado e as questões ambientais foram bastante consideradas. Em contrapartida, Figueiredo usou os Jogos de Atenas (2004) e Pequim (2008) como exemplos a não serem seguidos.

Ela entende que alguns projetos idealizados nessas cidades hoje sofrem com o abandono e a falta de cunho social. A preocupação, segundo a arquiteta, é eliminar a possibilidade de se construir os chamados elefantes brancos no Rio de Janeiro, evitando também erros cometidos no passado na própria cidade.